Conto: O Ogro
Seu corpo era tatuado do pescoço para baixo, era obeso, alto e usava cabelos compridos até a altura dos ombros. Gostava de heavy metal e música punk. Tocava guitarra e cantava num grupo de rock que se apresentava em casas noturnas. Adorava usar roupas pretas e curtir a madrugada.
Bastante discreto em relação a sua vida pessoal, não gostava de falar com estranhos sobre sua vida particular. As vezes perdia a paciência e acabava sendo agressivo quando alguém era invasivo demais.
Sempre que tomava um trem, metrô, ônibus ou algum outro transporte coletivo, várias pessoas pensavam: “Está amarrado em nome de Jesus”! “Como pode uma criatura dessas se considerar Cristão”? “Misericórdia! Que criatura monstruosa é essa”?
Certa vez uma mulher chorava enquanto ia saindo do metrô. Ele levantou-se e disse com carinho:
– Olá! Não sei o que se passa em seu coração e não tenho palavras para te consolar. Mas se quiser posso te oferecer um abraço.
A moça percebeu por sua intuição que aquele homem tem bom coração e aceitou o abraço. Ela chorou, mas sentiu-se confortada. Depois foi embora mais tranquila e serena.
Instantes depois ele seguiu para um hospital com uma turma, levar um pouco de alegria às crianças com câncer. Depois voltou para casa cuidar de sua rainha; de sua mãezinha.
Ninguém conhecia as consolações, alegrias e esperanças que ele levava aos mais necessitados. Sua aparência “monstruosa” escondia um coração angelical que apenas Deus conhecia.
FIM
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada por sua participação, dica ou crítica. Lembre-se que o espaço é NOSSO e aqui TODOS tem voz. Paz e luz na sua vida♡.